segunda-feira, 20 de julho de 2015

Obesidade Infantil

Entrevista: Um olhar para a obesidade infantil


Entrevista concedida ao Portal de Educação Física na íntegra – 2014
Ana Elizabeth Luz Guerra

Qual a importância do alimento na relação entre pais e filhos?
Ana Elizabeth Luz Guerra: A alimentação vai além de uma necessidade biológica, pois possui também um valor simbólico. Ela possibilita que haja uma vinculação entre pais e filhos na medida em que se configura numa comunicação profunda entre eles que se inicia já nos primeiros momentos se vida. Por exemplo, o bebê ao ser alimentado, recebe, além do leite, o carinho, o toque  que envolve, o calor e o cheiro do corpo dos pais, o olhar que protege, a voz que embala. A fome, que inicialmente despertou o choro pela primeira mamada, passa a ser acompanhada pelo desejo de estar com o outro. Essa dinâmica segue por toda a vida que, muitas vezes, passa a ser celebrada ao redor da comida. Cozinhar para um filho, mesmo já adulto, pode significar um gesto de amor. Ao passo que o filho, quando aceita e desfruta do alimento, simbolicamente, recebe o amor de seus pais. Se recebo o alimento com prazer e o coloco dentro de meu corpo, introjeto também o amor de quem o fez.

Sob uma ótica relacional, o alimento pode ser considerado, pela criança ou pelos pais, um substituto da relação?
Ana Elizabeth Luz Guerra: Sim. Há casos em que a família, por exemplo,  acaba superalimentando a criança para preencher uma falta na relação, uma falta de tempo, falta de afeto. Os pais, às vezes, se sentem culpados por alguma motivo e equacionam uma lógica em que nada pode faltar e, dessa forma, acabam por encher a criança de brinquedos, de comida, de permissividade. Ao superalimentarem a criança ou simplesmente apresentarem dificuldades em estabelecer hábitos alimentares saudáveis, dar limites, frustrar, alguns pais, por exemplo, permitem que a criança faça uso de guloseimas sem muitas restrições, coma na frente da televisão, se acostume a receber sempre na boca a comida mesmo que em idade avançada, entre outros comportamentos.

A superproteção pode ser a causa da falta de limites na escolha do alimento pela criança?
Ana Elizabeth Luz Guerra: Tanto a falta quanto o excesso de proteção são prejudiciais ao bom desenvolvimento da criança, pois a mantêm numa relação de dependência afetiva. Superproteger pode implicar dificuldade por parte da família em frustrar os filhos também na hora de escolher a comida. Dessa forma a criança termina por decidir o que vai comer e, muitas vezes, desenvolve hábitos alimentares não saudáveis.

Os pais têm consciência da obesidade do filho e das limitações e doenças que podem causar?
Ana Elizabeth Luz Guerra: Há famílias que se orgulham de ter um filho gordinho pois, para elas, isso é sinal de saúde, de beleza, de fartura. Outras, porém, têm consciência do prejuízo que os maus hábitos alimentares podem gerar, no entanto, a dificuldade em estabelecer uma relação mais saudável com ato de alimentar seus filhos é tanta que, algumas vezes, é necessário uma ajuda profissional. Há ainda pais que culpabilizam a criança por estar obesa e outros, que por terem a mesma relação com a comida, não conseguem fazer muito para ajudá-la.

Quais são as principais limitações psicomotoras da criança obesa?
Ana Elizabeth Luz Guerra: Em geral as crianças obesas têm limitações funcionais do movimento. Além disso é comum apresentarem autoestima baixa o que faz com que sintam-se menos capazes de realizar certos movimentos e, muitas vezes, nem tentam realizá-los por vergonha e medo de se exporem.

Como mudar essa relação da criança com a comida e com a família?
Ana Elizabeth Luz Guerra: Tudo começa pelo exemplo dos pais. A alimentação familiar é fundamental para a criança adquira bons hábitos. A relação dos pais com a comida e a consciência de que podem estar contribuindo positivamente ou negativamente para a saúde do filho deve ser investigada. Dependendo do caso e do grau, a família vai necessitar de orientações específicas de um médico, de um nutricionista e, algumas vezes, é necessário acompanhamento terapêutico para que a família possa ressignificar sua relação com a comida e com o ato de alimentar seus filhos.  A criança obesa, muitas vezes, se encontra fragilizada e, além dos cuidados com a saúde física, pode ser necessária uma intervenção terapêutica para que ela encontre o lugar de sujeito nessa relação, ou seja, encontre-se com a verdade do seu desejo, que deve estar em consonância consigo e não com o que imagina que os outros esperam dela.

A criança que relaciona as emoções aos alimentos vai carregar isso consigo pro resto da vida? Ela corre o risco de transmitir isso aos seus filhos também?
Ana Elizabeth Luz Guerra: As experiências que vivemos geram marcas que ficam inscritas em nosso psiquismo e nos acompanham pela vida influenciando as modalidades de relação que estabelecemos.  Com certeza corre-se o risco de uma repetição.

Há algo de importante ou pertinente a comentar sobre o tema e que ainda não abordamos?
Ana Elizabeth Luz Guerra: Em meu trabalho clínico com a Psicomotricidade Relacional¹ percebo um aumento significativo de crianças com dificuldades emocionais relacionadas à obesidade. A imagem que tem si, muitas vezes distorcida, contribui para um quadro de isolamento em que ela nega o que mais deseja que é interagir com os demais.  Dessa forma é importante que a família, a escola e todos que se relacionam com a criança estejam atentos aos seus comportamentos sintomáticos, pois são geral mensagens endereçadas aos outros e que ela, sozinha, não consegue decifrar.
¹A Psicomotricidade Relacional é uma “práxis” preventiva e terapêutica que enfatiza a motricidade humana e sua relação de reciprocidade com o psiquismo. Prioriza o movimento espontâneo, a linguagem analógica, a comunicação tônica, o brincar espontâneo e o jogo simbólico, dentro de um contexto grupal, para que o sujeito possa contar de si pelo viés do discurso corporal, contatar com seu desejo, elaborar conflitos e desenvolver-se na busca de um viver melhor e mais saudável. Nessa metodologia, o corpo-sujeito do psicomotricista relacional está sobremaneira implicado nas intervenções psicomotoras (GUERRA, 2012).
 Ana Elizabeth Luz Guerra

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Copa Norte de Futsal

Alunos da EMEBI Padre Cláudio Longen estão participando da Copa Norte de Futsal. Os jogos da 1ª etapa aconteceram nos dias 4 e 5 de julho na cidade de Mafra/SC. A competição, em sua primeira edição com equipes do norte catarinense, tem jogos nas categorias sub 9, sub 11, sub 13 e sub 15. A próxima etapa será no dia 18 de julho em São Bento do Sul.
Categoria Sub 9 - 1º Lugar / 10 pontos

Categoria Sub 11 - 5º Lugar / 3 pontos

Categoria Sub 13 - 4º Lugar / 4 pontos

Categoria Sub 15 - 6º Lugar / 2 pontos

terça-feira, 30 de junho de 2015

QUEBRA CABEÇA DAS VOGAIS


Pré Escola

Trabalhando com as vogais estruturamos quebra-cabeças com as iniciais representando-as por meio de figuras. Depois de pintadas todas as peças separamos em envelopes no caderno de atividades. 
Cada criança divertiu-se muito montando seu quebra-cabeças, atividade que estimulou a atenção e o raciocínio lógico e desenvolveu diferentes habilidades de pensamento como observar e comparar. 

segunda-feira, 29 de junho de 2015

PSICOMOTRICIDADE RELACIONAL


Neste ano letivo de 2015 nossa escola está proporcionando às crianças o projeto de Psicomotricidade Relacional, que é realizado pela professora Fabiana Ferneda, formada no Curso de Pós-Graduação Lato-Sensu: Formação Especializada em Psicomotricidade Relacional.
A Psicomotricidade Relacional é uma prática educativa de valor preventivo que, utilizando-se do brincar, possibilita um espaço e um tempo, em que a criança, de forma espontânea e criativa, pode expressar com liberdade e autenticidade todo seu potencial, favorecendo o processo de ensino aprendizagem. Por meio de trabalhos em grupo, em que se privilegia a comunicação não verbal, a Psicomotricidade Relacional na escola tem como objetivos:

  • Potencializar o desenvolvimento da criatividade, despertando o desejo de aprender.
  • Estimular o ajuste positivo da agressividade por meio dos jogos simbólicos.
  • Promover a aceitação das diferenças, numa perspectiva inclusiva.
  • Desenvolver a aceitação de limites e frustrações.
  • Prevenir dificuldades relacionais, emocionais, motoras e cognitivas.
  • Reforçar a autoconfiança e a segurança em si e no outro.
  • Melhorar a percepção do corpo e aspectos como coordenação motora, equilíbrio, postura, lateralidade, noções de espaço e de tempo e esquema corporal.
As atividades são realizadas uma vez por semana, com uma hora de duração.

Vale ressaltar que o conteúdo dessa abordagem está em consonância com a proposta pedagógica desta escola.

“Eu tenho confiança na criança. Não quero destruir sistematicamente sua estrutura, não quero lhe dar outra. Somente quero ajudá-la a descobrir a sua, aquela que lhe permitirá se desembaraçar ao máximo de dependências e de conflitos neuróticos, de valorizar suas potencialidades, neste difícil equilíbrio entre a afirmação pessoal e o respeito aos outros”.
André Lapierre

(criador da Psicomotricidade Relacional)

terça-feira, 23 de junho de 2015

As três partes


Com o objetivo de levar a criança a criar coisas novas a partir de um referencial (formas geométricas presentes no texto: triângulos e trapézio), perceber a possibilidade de se dividir em “partes” e reconhecer as formas geométricas mais elementares, os alunos do 1º ano orientados pela professora Andreia, desenvolveram o trabalho As Três Partes.A atividade iniciou-se com a leitura do livro "As Três Partes" (KOZMININSKI, 1994), explorando:
  • Apresentação da Forma Geométrica (casa) questionando se poderíamos criar outras formas geométricas através de uma forma;
  • Nomenclatura das formas apresentadas no livro: dois triângulos iguais e um trapézio;  
  • Recorte e colagem das três formas, obedecendo os seguintes passos: 1) montar a forma original; 2) criar as formas diferentes apresentadas no livro, atribuindo-lhes o nome     Pássaro – Barco - Peixe – Planta – Casa; 3) ilustração da figura conforme seu ambiente onde encontrado.
 
A atividade abrangeu as disciplinas de Literatura/Língua Portuguesa – LEITURA (organização do texto), interpretação da História e vocabulário; Matemática – formas geométricas, cores, divisão, classificação, etc.; Ciências Naturais – Experiência Cientifica.

terça-feira, 16 de junho de 2015

Vogais com massinha



Sabendo da necessidade de proporcionar atividades lúdicas e prazerosas, os alunos da pré-escola iniciaram o trabalho com as vogais utilizando massa de modelar.
Cada criança foi modelando as cinco letrinhas...
 
 
Houve até quem modelou o seu nome

 
Atividades como esta alimentam o imaginário infantil e contribuem para o desenvolvimento da leitura e escrita. 



terça-feira, 9 de junho de 2015

BOLSA LITERÁRIA


As atividades com a bolsa literária na Pré Escola acontecem semanalmente e tem como objetivo criar situações de leitura na escola e em família.
Cada criança tem sua bolsinha que foram confeccionadas junto as famílias e a cada segunda-feira faz a escolha de um livro para ler e se encantar com os pais ou responsáveis...
"São inesquecíveis todos aqueles que nos apresentam, com entusiasmo, um novo sabor, um novo saber, novos mundos e caminhos, especialmente quando essa apresentação ocorre em uma das mais belas fases de nossas vidas, a infância.” (FONSECA, 2012)














segunda-feira, 8 de junho de 2015

ROBÔS

Com o objetivo de identificar a importância do Sistema Nervoso no nosso organismo, os alunos do 5º ano, orientados pela professora Patrícia Froehner, construíram robôs utilizando materiais recicláveis. A atividade realizada nas disciplinas de Ciências e Iniciação aos Experimentos Científicos foi concluída com a apresentação dos robôs aos alunos e funcionários da escola.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Apresentação FEICON-JZ

O Grupo Folclórico Boi da Cara Preta se apresentou, no dia 2 de junho, na FEICON-JZ, Feira de Conhecimento da EEB Jorge Zipperer. 



terça-feira, 2 de junho de 2015

Informática integrada às Práticas Pedagógicas

Alunos da Pré Escola realizando atividades na Sala Informatizada: muita concentração, habilidade e aprendizado nessas aulas.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Posse da Nova APP

No dia 28/05/15 aconteceu a reunião de posse da nova APP da EMEBI Padre Cláudio Longen que terá mandato de dois anos (28/05/2015 - 28/05/2017). A votação à chapa única aconteceu no dia 25/05/2015 tendo 85 (oitenta e cinco) votos a favor, 4 (quatro) votos contra e 7 (sete) abstenções, sendo assim aprovada.
Presidente: SIEGFRIED C. ZIPPERER
Vice-Presidente: ELIANE K. ZIPPERER
1ª Secretária: SORAYA GIESE HACK
2ª Secretária: TEREZINHA G. PADILHA
1ª Tesoureira: ARIANE TOMELIN
2º Tesoureiro: EVELTON J. DA R. PSCHEIDT
Representante dos pais: GILBERTO DE OLIVEIRA
                                       GEANE M. F. KACHINSKY
Representante dos professores: CLÉA DA SILVA G. FIAMONCINI
                                                    JOSIANE C. KWITSCHAL
Representante do Conselho Fiscal: CARLOS ALBERTO DE JUNG
Demais membros: GILMAR ECKEL
                              JUCIMAR T. DO PRADO

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Dia do Desafio

No dia 27/05/15 os alunos e profissionais da EMEBI Padre Cláudio Longen participaram do Dia do Desafio, um evento que tem como proposta despertar o interesse das pessoas pela prática de esportes e atividades físicas por meio de uma competição entre cidades. As atividades foram conduzidas pelas professoras Fabiana Ferneda e Joice Liebl.





terça-feira, 26 de maio de 2015

Sequencia didática: Meu Corpo

Os alunos do 2º ano desenvolveram atividades envolvendo os componentes curriculares: Ciências e Experiência Cientifica.
   Atividade de Experiência Científica: Massinha de sal:
  • Leitura da receita;
  • Atividade prática – fazer a massinha e modelar o corpo humano;

     

 

Atividade de Ciências: Integração com a família, aula sobre o corpo humano com a Heloiza Fiamoncini, tia do aluno João Carlos Gugelmin Fiamoncini.